Alô GastrôLovers!
Esta semana tive uma experiência super bacana.
Se você me acompanha nas redes sociais deve ter visto um mini episódio do #danipattyaprontam na Casa Di Paolo, que fiz com a minha amiga Dani Conte (Coisas de DannyHellen), e que postamos simultaneamente, através de InstaStories em nossos respectivos InstagramS ( @zuccagastro e @dannyhellenoficial).
O que aconteceu é que recebemos um convite do Paulo Geremia, para conhecer “por dentro” a cozinha da Casa Di Paolo, unidade Lourdes, de Caxias do Sul-RS. Uma das mais legais que eu conheço.
Fomos recebidas pelo próprio e pelo Felipe, conduzidas por toda operação e… aprontamos… olhamos, aprendemos, perguntamos…
A proposta era que fossemos até lá para conhecer o segredo o tempero do galeto, prato que é carro-chefe do restaurante e, posso afirmar,um dos pratos símbolo da serra gaúcha.
Confesso que até o último momento não acreditei que o tal segredo seria revelado. Mas pasmem, eles contaram tudinho.
Explicaram tim tim por tim tim como preparar o tempero, quanto tempo deixar no mesmo, como armazenar, como assar, segredo por segredo e eu, claro, aceitei colocar a mão na massa… temperei alguns bichinhos… Se você for provar o galeto por este dias, vai ter a mão da Zucca no tempero! Nossa! Que honra!
Espia a filmagem, se ainda não viu no stories @zuccagastro, feita com toda habilidade e carinho pela Dani Conte (gente, ela é ótima, eu amo quando ela faz meus takes… ela sabe exatamente o que , como e em que momento registrar… ficou otimo! Brigs, amiga!)
Então, o segredo é muita salvia, muito amor… E cerveja, gente! Explico!
O galeto vai temperado com uma mistura interessante de temperos verdes: muuuuuuita salvia, manjerona, salsa, cebola picada – tudo fresco e mais um pouco de orégano. Gente é “no olho” (ninguem contou). A proporção é mais ou menos, para uma parte inteira: metade salvia, outra metade- 2/3 os outros frescos verdes e complementa com a cebola picada e o orégano seco. Se fizer assim vai funcionar, confia que sou cozinheira!
o tal do tempero
Sal temperado com pimenta do reino preta e alho. Um pouco de oleo de soja e… CERVEJA!
Sim, essa comum. Gente, não é vinho! É cerveja mesmo. E por quê? Por que a cerveja não desidrata a carne. Não se usa vinho ou limao neste momento. A cerveja, segundo o Paulo, cria uma película que impede a passagem da gordura. Logo, os galetos mantém a umidade e as gordurinhas e, ao serem assados, ficam crocantes por fora e macios (mas cozidos) por dentro. Jamais secos.
TAÍ O SEGREDO, GENTE!
Ah! E muito amor!
Aí a visita foi 2 em 1: acabamos por saber que aquele queijo à dorê delicioso… que amamos…. também leva cerveja. Neste caso, para não deixar entrar gordura , durante a fritura, e manter seu aspecto sequinho.
Na verdade, a visita dentro da cozinha foi muito mais que esta brincadeira de aprender como fazer os pratos que são servidos.
Eu adoro o calor da cozinha e não me refiro somente ao fogo. A sensação de “pertencimento” que sempre me invade é muito boa. Daí para eu encher as pessoas que lá estão de perguntas pessoais demora … nada! Eu gosto da experiência compartilhada.
Eu quero saber há quanto tempo, o que fazem, como se sentem… Quero saber como cortam, pra onde levam, o que fazem com isso ou aquilo, como se envolvem e, principalmente, qual é o sentimento delas naquele lugar. Uma cozinha profissional depende de boas engrenagens pessoais para funcionar bem e com padrão. Mas para ter excelência, é preciso que estas pessoas AMEM o que fazem, que se sintam parte, que coloquem essas boas emoções no seus trabalhos, seja em qual parte do serviço elas estejam. Isso tudo se transfere para a comida e nós, como consumidores, sentimos.
Foi muito legal perceber das pessoas ali, o orgulho de trabalharem para a casa. Sentimos a energia boa, pessoas que trabalham há muitos anos e se sentem parte. Amam o que fazem. Sabem do que estão falando. Entendem das suas funções e sua importancia no todo.
essas mãos tem muita história, sabedoria e gentileza… cozinheira tão querida…
A experiencia nossa foi completa: após a cobertura, entrevistas e fotografias exaustivas dentro da cozinha, sentamos à mesa para saborear o jantar.Aquele mesmo que vimos sendo preparado e que aprendemos como foi feito.
A comida, como falei, teve outro sabor. Sim, o tempero e o gosto , eram os mesmos… mas o sabor do “saber” ali estava.
legumes grelhados são vida né… mas tem que pedir, tá?
De todo aprendizado, o que soou mais forte foi uma frase dita pelo Sr. Paulo Geremia, grande empesario à frente das Casas Di Paolo: “O segredo é… não ter segredo”.
Bacana, né gente?
Quem sabe sabe, quem chega na frente sempre à frente estará e, compartilhar conhecimento enriquece quem recebe mas, principalmente,quem doa.
E então?
Gostou da novidade? Como me saí?
Beijos,
Zucca