O grupo hoteleiro de luxo mais antigo da Europa anunciou parceria com os empresários José Paim, José Ernesto Marino Neto e Márcio Carvalho para revitalizar o hotel Laje de Pedra em Canela, na serra gaúcha
Um dos hotéis mais tradicionais e queridos da Serra gaúcha, o Laje de Pedra está prestes a criar um novo paradigma em hotéis de lazer de altíssimo padrão no Brasil. O negócio marca a chegada do mais antigo grupo de hotéis de luxo da Europa à América do Sul – fundado em Berlim em 1897 e com sede em Genebra – e de um novo movimento de aproximação e valorização do mercado brasileiro, em parceria com a LDP Canela S/A.
Com unidades em 34 países e instalação e atendimento exclusivos, a Kempinski Hotels abraçou a oportunidade de operação do Laje de Pedra por inúmeros aspectos. Dentre eles, estão o respeito pela memória, a arquitetura modernista imponente e, é claro, seu posicionamento privilegiado sobre o Vale do Quilombo, com vista ímpar e espetacular da falésia de 400 metros em uma das regiões mais bonitas do sul do Brasil.
O objetivo, segundo Bernold Schroeder, CEO interino e presidente do Conselho de Administração da Kempinski Hotels, é “trazer esse ícone arquitetônico de volta à vida com o compromisso com a qualidade de primeira classe combinada com a elegância atemporal e posicioná-lo como um destino do mais alto nível. Esta é uma excelente oportunidade para ingressarmos no mercado sul-americano com um projeto excepcional”, destaca Schroeder.
O negócio foi encarado desde o primeiro momento como um investimento imperdível para os sócios. José Paim, que junto com José Ernesto Marino Neto e Márcio Carvalho, adquiriu o hotel em 2020 do Grupo Habitasul, conta que não hesitou quando recebeu a proposta de aquisição do local.
“Por ser de família gaúcha, conheço o Laje de Pedra desde a sua inauguração e, como todos que já estiveram por lá, tenho uma relação afetiva com aquele lugar. É um dos locais mais lindos em que já estive, com grande significado histórico e distinção – premissas das propriedades Kempinski”, lembra Paim.
A trajetória da Kempinski e do Hotel Laje de Pedra se cruzam desde a sua origem. Mesmo em continentes diferentes, os dois negócios carregam o DNA alemão e o respeito à história e às raízes. O complexo foi construído em 1978 e até hoje está presente na memória afetiva dos gaúchos ao inaugurar uma nova e superior categoria de hospedagem na região. Eleito seguidas vezes como o melhor hotel do Brasil, foi destino da elite econômica, cultural e política e palco dos festivais de música brasileira por 15 anos. Em 1992, o local foi escolhido pelos cinco países para sediar a assinatura do Tratado do Mercosul.
“Canela é o local mais charmoso e sofisticado da região não litorânea mais atraente do Brasil. Acesso fácil a excelentes vinícolas, aos incríveis canyons gaúchos e a toda sorte de esportes de aventuras e radicais de alto contato com a natureza que a região dos Campos de Cima da Serra propõe. Tudo o que o público de mais alta renda procura fora do país” afirma Marino, um dos maiores experts em hotelaria e turismo do país.
Com um investimento de cerca de R$ 540 milhões, o plano de reestruturação do Laje de Pedra inclui uma importante remodelação e ampliação arquitetônica a fim de retomar sua posição de liderança na hotelaria de lazer do Brasil. Ao transportar seu espírito para o presente, após uma extensa modernização, o hotel conta com projeto de arquitetura assinado pela Perkins & Will, paisagismo de Sergio Santana e decoração de Patricia Anastassiadis.
Em uma área total de 61 mil m², o hotel terá 357 apartamentos com tamanhos de 54m² a 290m². Entre as atrações estão 4 restaurantes e 5 bares internacionais com amplos terraços e vistas únicas, enoteca, rooftop bar com lareira aberta, teatro e área para eventos.
Das três piscinas previstas, uma será no rooftop, com vista para o Vale do Quilombo. “Nós pegamos um edifício planejado no início dos anos 1970, quando se dava valor ao concreto. Vamos fazer reformas e novas construções, para deixar a natureza como a grande atriz do nosso investimento, com o padrão Kempinski”, afirmou.
Os hóspedes encontrarão entretenimento e descanso na academia de 1 mil m², sofisticado spa de padrão europeu, Kids Club e piscinas aquecidas. Salas de reuniões e conferências, bem como o teatro do hotel completam o projeto.
Mobiliário e decoração irão incorporar peças de artistas e artesãos locais. “Com o Laje de Pedra, queremos revelar a arte, a culinária, a história gaúcha e a natureza do Rio Grande do Sul, que é magnífica. Eu me interessei em comprar o hotel porque fazia parte não só da história do País, mas da minha própria. Eu ia à região com a minha família, quando a Serra Gaúcha ainda era um destino muito regional”, contou Paim. Também haverá no novo empreendimento um centro de experiência contando a história do hotel, com imagens de fotógrafos como Fernando Bueno e João Farkas.
Experiências exclusivas junto à natureza, como roteiros de turismo ecológico, cavalgadas, brunch ao ar livre, visitas a vinícolas, dentre outras atividades. A proposta do complexo Laje de Pedra é proporcionar um conjunto de experiências que valorizem as riquezas e culturas locais, incluindo a Orquestra Sinfônica Laje de Pedra que deverá se apresentar ao ar livre. Será o cartão de visitas mais sofisticado do continente, tendo o Vale do Quilombo como fundo.
A expectativa é que os novos hóspedes sejam recebidos no novo Kempinski Laje de Pedra em 2024.
De Domi Muller https://gramadoexperience.com/