Prepare seu espírito e faça seu roteiro, aproveite minhas dicas, pois visitei duas vezes nos ultimos 3 anos. Logo logo, desejamos, poderá estar fazendo sua mala e partindo para um linda experiencia neste país colorido e ardoroso. Não vamos nos abater, abra o caderno, o computador, o bloco de notas e vamos dar um “OLÉ!” no baixo astral! Tudo vai ficar bem!
Esta última viagem foi toda dedicada à minha paixão – enogastronomia. E, vocês precisam saber, foi realizada com meu grupo de amantes do vinho #winelovers Uma turma pra lá de divertida, parceira e mais do que apreciadora. Estes entendem do riscado mas, antes de tudo, são excelentes companhias pelo mundo.
Começamos a Ruta Del Vino da RIBERA DEL DUERO
É uma das regiões produtoras de vinhosmais famosas da Espanha.
Ribera del Duero possui quatro províncias: Burgos, Valladolid, Soria e Segovia. Leva esse nome em razão do rio Duero, ( que vai até Portugal, mas lá é o conhecido Douro)
A uva mais plantada é o Tempranillo e é a “terra” dos icônicos vinhos “Vega Sicilia”. Aliás, se tiver a oportunidade, visite a vinicola (não tive, porque fica na província de Valladolid, a mesma das Bodegas Emilio Moro, onde agendamos.
A Rota do Vinho de Ribera Del Duero é muito rica e diversificada e tem até um site oficial de atividades e festejos você pode consultar AQUI.
A Bodega Emilio Moro produz vinhos tintos com atenção ao Tempranillo.
foto da fachada e, ao fundo, das uvas que provamos e agora estão doces na videira.
Eles decidiram bandonaram a produção com as DO Crianza, Reserva Gran Reserva, tradicionais da Espanha, e tem seus próprios rótulos com “fórmula” própria. Mantém apenas 1 Crianza, o primeiro da lista de degustação, que é também o que leva o nome da Vinicola Emílio Moro.
Os vinhos tem uma qualidade excepcional e fiquei encantada com o projeto social de sua fundação. Sim, eles têm uma fundação que,
criada em 2008 com o slogan “Vino The Wine Help to Water ‘, reflete a maneira de ser da família Moro. A principal aspiração desta instituição é contribuir para a causa de uma distribuição justa dos recursos de água potável entre as populações mais carentes.
Lá também pode-se adotar uma vinha, o valor cobrado vai para a fundação. E o mais surpreendente: toda renda obtida na venda do seu vinho mais icônico, o Emilio Moro – Clon de La Familia, também é destinada à fundação.
Portanto, só coisas boas ali. Vale a visita e a degustação premium de 4 vinhos: Emílio Moro, Malleolus, Malleolus Valderramiro e Malleolus Sancho
2. PORTIA
Linda, imponente, desenhada por Foster & Partners, premiado estúdio de Arquitetura, tem como símbolo a estrela de 3 pontas
Os Vinhos tem D.O. Da Ribera Del Duero. São grandes produções, mantém as linhas Crianza, Reserva e Gran Reserva, cumprindo suas características, mas também produzem vinhos autorais.
Degustamos 2 vinhos iguais em safra e cepas, sendo um Crianza e outro de autor. Para entender as diferenças.
Ao final ,esfrutamos do almoco harmonizado no restaurante da vinícola, delicioso e com uma vista de babar! Vale a visita e o almoço também.
RIOJA, uma das mais importantes cidades e regiões de vinhos, ao nordeste do país. é alí que está a vinicola mais famosa da espanha – a HERDEROS DE MARQUÉS DE RISCAL. Também conhecida como a Disneyland do vinho, tanto pela arquitetura, quanto pelo numero de visitas. Mas falarei dela ao fnal. Iniciamos a visita pela Bodega Vivanco.
1. BODEGA VIVANCO
Fica em Briones e foi uma grande surpresa. É linda e com localização privilegiada entre a Serra da Canabria e nas margens do Rio Ebro.
Esse fato, segundo eles, somado ao solo de pedras, faz a sua uva e, consequentemente, seu vinho, ser especial.
entrada com “piscina” – adoro água em movimento, nos jardins e entradas
Eles têm muito orgulho, aliás, de sua produção, que são vinhos de autor, ou seja, fugindo das regras Crianza, Reserva e Gran Reserva.
Reparei que adegas que não são as maiores, tem feito isso. Porque, como dizem, querem o melhor vinho que puderem fazer e oferecer. Acredito que é uma tendencia por lá.
A Adega é subterrânea, assim todo superior é vinhedo ou jardim. Além disso a temperatura fica preservada.
A sala de degustação e o restaurante têm janelas gigantes, de onde apreciamos a vista de tirar o fôlego.
Os vinhos são surpreendentes e a experiência do almoço também muito boa.
Há um galeria de arte espetacular com obras originais de Miró, Picasso… Há uma galeria de livros e um poema escrito por Neruda, tudo para a Família Vivanco. E, ainda, uma espécie de museu de abridores de vinhos… um escândalo! Não deixe de visitar!
uma mínima parte do museu de abridores
2. MARQUES DE CACERES
Impressionante! Não tenho melhor palavra para expressar tudo que vi nesta Bodega. Tudo lá é superlativo. Desde a beleza até a produção.
Mais feliz fiquei em saber que o império iniciado no ano de 1920 chamado Vinicola Forner, segue na sua quarta geração e é comandado por uma mulher! Cristina Forner, que mantém a tradição de produzir vinhos para serem também exportados, hoje estão em 120 países
Objetivam vinhos acessíveis mas de alta qualidade. O Gaudium, por exemplo, eles “comparam” ao vinho ícone da Espanha o Vega Sicilia, pois ja ficou à frente deste em degustação às cegas. Não provei o Vega Sicília ainda, mas o Gaudium veio na mala, porque é maravilhoso! Sem igual!
Fizemos a degustação de seus melhores vinhos e foi uma experiência realmente memorável.
Durante a visita vimos a produção funcionando a todo vapor, andamos por tudo, provamos as uvas. Foi sensacional! Muito bom visitar na época da Vindima!
3. MARQUÉS DE RISCÁL – a cidade do Vinho em Rioja
Como disse, não se pode visitar Rioja sem passear pelas incríveis instalações da Bodega Marqués de Riscál.
Entrada da “Cidade do Vinho”
É claro que é uma mega estrutura e super comercial, mas também é linda, cheia de jardins e locais instagramaveis.
Além disso, durante a visita, eles dão uma aula de vinificação. Se aprende realmente todo o processo. A degustação é rápida e apenas dois vinhos.
Contudo, a gente pode almoçar nos seus restaurantes, no Bistro ou no do hotel, que ostenta uma estrela Michelin. E, ainda, pode provar outros vinhos em taça no balcão da loja, com tapas ou outro lanchinho. É muito bacana.
No meio dos vinhedos está instalado a obra de Frank Gehry, que seria o centro administrativo mas, sabiamente, transformaram em Hotel de luxo, já em expansão, onde está instalado o restaurante Gourmet, local que almoçamos. Há também belos sacadões, de onde se pode apreciar a bela vista da região e beber os vinhos.
O telhado muda de tom conforme as luzes do sol mudam, mas elas homenageiam as cores dos vinhos.
O que quero dizer é: TEM que ir!
Esta foi minha segunda visita, portanto, estou sendo muito sincera.
O melhor de Rioja, contudo, é Logroño! A cidade é vibrante e a noite, é tradição sair em “Ronda de Tapas”, passando de bar em bar , que se encontram lado a lado, bebendo uma taça de vinho e saboreando um aperitivo (tapas).
É a Calle del LAUREL! Melhor experiencia. Ainda tivemos a sorte de pegar o encerramento da festa da vindima, a cidade estava em festa, de fato.
Eu pensei, muitas vezes, durante essa viagem, “esses espanhois sabem mesmo curtir a vida”. Acho que a mensagem que deixo é essa.
Essa época que fui, final de Setembro, é maravilhosa. Um calor bom… vindima… Muita alegria no ar.
Tudo que desejo para nós!
Bora planejar?!
Dúvidas?! Me mande suas perguntas!
E boa viagem! Seja quando for!
Não podemos viajar agora, mas nada os impede de fazer o roteiro. Não é mesmo?
Beijos,
Zucca*
*Inspirada por Tonin e sua nova linha de malas URBANA