Esta semana acordei com a notícia de que o famoso restaurante ELEVEN MADISON PARK, de Nova York, não terá mais carne – tampouco frutos do mar – no seu cardápio.
O Eleven Madison Park é um restaurante que ostenta 3 estrelas Michelin e já foi considerado o melhor restaurante do mundo em 2017, figurando na lista dos 50 mais por anos!
Se eu fiquei chocada ? Na verdade, não. Foi uma surpresa boa, porque veio confirmar uma tese que venho falando a amigos sempre que comemos um bom churrasco gaúcho.
Sim. Eu gosto de carne. Gosto mesmo. Eu consumo muito. Menos que há alguns anos, mais do que recomenda minha “equipe” médica e muuuuuuito mais do que minha consciência manda.
O que eu digo para meus amigos (em tom leve de brincadeira, é claro) há muito tempo? “vamos comer carne enquanto é possivel!” Digo isso com convicção porque sei que, num futuro não distante, seremos recriminados publicamente por ingerir animais. Não desejaremos fazê-lo. Inclusive, acredito, nos perguntaremos como pudemos fazê-lo um dia… Embora isso não pareça possível hoje, eu enxergo isso ali adiante. De verdade.
Me parece uma evolução natural. Como tantas que já vivemos.
Você já pensou nisso?
A justificativa do Chef Daniel Humm para agora, na reabertura do restaurante, fechado desde Março do ano passado, graças à pandemia, deixar de servir o ingrediente, é: “o atual sistema alimentar simplesmente não é sustentável, sob muitos aspectos”
Ele esclarece que manterá carnes nos seu restaurante de Londres e que, neste, manterá derivados, como leite e mel. Não pretende usar a palavra (ou praticar) vegano, tampouco “ensinar ou doutrinar” as pessoas.
Entende que seu restaurante atende pessoas ricas, de paladar exigente e promete continuar surpreendendo e oferecendo seu menu degustação como uma incrível experiencia gastronômica.
Manterá o preço, porque se reduzirá o valor dos ingredientes, aumentará a da mão de obra, que deverá ser ainda mais qualificada. E, ainda, cada “menu-degustação” servido, renderá 5 refeições para um projeto social que ele mantém durante a pandemia.
É claro que uma decisão assim, vira noticia. Li no Estadão. E lá descobri que este é um movimento que já vem acontecendo no meio.
“…outros restaurantes mais proeminentes também estão fazendo a transição para menus baseados em vegetais, às vezes com aplausos da crítica.
Na área da Baía de São Francisco, a chef Dominique Crenn tirou a carne de todos os seus restaurantes em 2019. Em janeiro, o Guia Michelin deu sua primeira estrela a um estabelecimento totalmente vegano na França, o ONA, um restaurante perto de Bordeaux. Em fevereiro, a chef Ann Kim abriu seu novo restaurante em Minneapolis, o Sooki & Mimi, com um menu de degustação baseado em tortillas e vegetais.
Publicações e sites de culinária fizeram apostas semelhantes sobre as prioridades dos clientes. No mês passado, o Epicurious, o popular site de culinária, disse que não publicaria novas receitas de carne e as estava eliminando devido às preocupações com as mudanças climáticas. O Epicurious citou dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, os quais afirmam que 14,5% das emissões globais de gases de efeito estufa vêm da pecuária.”
Fonte: Paladar Estadão
Então… vocês acreditam que com este movimento ou decisão de alguns dos restaurantes mais renomados do mundo, está se dando um passo importante para essa evolução?
Ou estou errada na minha previsão?
Afinal, também há uma forte corrente de pensamento de que o homem, sendo onívoro, jamais deixará de consumir carne, embora em quantidades menores.
Comentem, sem julgamentos. Quero muito saber: sim, não, menos ou nunca mais para carne?
Beijos,
Zucca
PS: No meu caso, seguirei consumindo carne, enquanto for possivel.